Myriadcoin
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O surgimento da Myriadcoin
A Myriadcoin é uma criptomoeda experimental que possui uma nova abordagem em termos de segurança e avaliação de integridade. Ela é mais conhecida pela abreviação Myriad. Como um sistema de pagamento global e descentralizado, ela permite que as transações sejam executadas em tempo real.
As transações operam diretamente entre as partes envolvidas, independentemente de suas localizações. Para fazer isso, a rede da Myriadcoin utiliza a tecnologia peer-to-peer, também conhecida em português como ponto a ponto, e não depende de uma autoridade central.
A execução e administração da transação, além da criação de dinheiro, acontecem somente através da rede de modo coletivo. O desenvolvimento da Myriad começou em fevereiro de 2014 como Fork, um derivado da criptomoeda Zetacoin.
Seus desenvolvedores anunciaram o lançamento da Myriad em fóruns online de discussões sobre criptomoedas, com o pseudônimo de 8bitcoder. Paralelamente, eles lançaram a fonte do código, a Myriadcoin Core, na plataforma de desenvolvimento de código aberto GitHub.
Corretores e plataformas de troca de criptomoedas listam a Myriad com o símbolo de XMY. A denominação oficial da moeda logo após o seu lançamento, em 2014, foi alterada para Myriadcoin, com o símbolo MYR. Assim, ambos os símbolos se tratam da mesma criptomoeda.
Não existiu uma separação ou fusão, e sim a escolha por um novo nome. Portanto, os dois nomes se referem a mesmo base de dados, isto é, existe apenas uma blockchain fundamental.
O princípio da abordagem dos algoritmos múltiplos
A Myriadcoim difere das outras criptomoedas principalmente nos termos dos mecanismos de construção de consenso suportados pela rede. Por trás da Myriad está o conceito de se implementar vários mecanismos PoW (proof-of-work, e em português, prova de trabalho) independentes na blockchain.
Os desenvolvedores da Myriad foram um dos primeiros a introduzir a abordagem de algoritmos múltiplos para a construção de consenso dentro da criptomoeda. Como a primeira moeda com algoritmos múltiplos, a Myriad não oferece apenas um único algoritmo para a taxa de hash e a mineração.
Cinco métodos diferentes de hash permitem a validação das transações. Além disso, a mineração de novas moedas também acontece dessa forma.
O valor de hash é o sumário do conteúdo arbitrário de uma criptomoeda, uma espécie de soma de verificação. Os métodos tradicionais de PoW usam um processador normal, o CPU, ou placas de vídeo, GPU, para a descoberta do hash.
Uma performance melhorada nessa tarefa é prometida por chips de computador especiais desenvolvidos para aquela aplicação específica, que são os chamados ASICs (Circuitos Integrados de Aplicação Especifica, cuja sigla em português CIAEs).
Na abordagem de algoritmos múltiplos da Myriad, processadores com base no CPU e no GPU trabalham igualmente e simultaneamente com tecnologias especializadas e um hardware ASIC.
Lançada em 2013, a Huntercoin foi a primeira moeda a ter os conceitos de PoW múltiplos. Contudo, o propósito da lógica computacional utilizada aqui, SHA256D and Scrypt, não é tanto a mineração direta da criptomoeda, e sim primeiramente um jogo com base na blockchain entre os participantes da network. Esse jogo gerava as novas Hunter Coins.
Objetivos da abordagem dos algoritmos múltiplos
Os desenvolvedores queriam usar esse design para tornar a mineração de sua moeda mais justa e aberta para todos. Eles queriam prevenir tendências centralizadoras e garantir um controle democrático duradouro sobre a sua receptação criptográfica.
A arquitetura de uma criptomoeda que conta apenas com um algoritmo de hash favorece o surgimento de um hardware caro e especializado. A mineração tipicamente se torna não-econômica para a maioria dos usuários devido a alta aquisição e altos custos operacionais desses componentes.
Como resultado, o poder de mineração do sistema inteiro fica concentrado em um número relativamente pequeno de usuários.
O agrupamento do poder decisório entra em conflito com o conceito básico de um sistema descentralizado. Com o conceito de permitir mecanismos múltiplos de PoW, a segurança do sistema aumenta. Cada criptomoeda tenta se proteger contra os ataques da maioria. Se um minerador possui ao menos 51% da taxa de hash de uma rede, ele pode iniciar um ataque como esse.
Ele pode usar seu poder potencial de mineração e fazer alterações próprias no sistema. Em princípio, a Myriad permite a mineração através da abordagem de algoritmos múltiplos. Esse mecanismo dificulta a acumulação de poder de performance de mineração entre usuários individuais.
Os cinco algoritmos de mineração na rede da Myriadcoin
Os cinco algoritmos de verificação apoiados em Myriad são: Scrypt, SHA256D, Myriad-Groestl, Skein e Yescrypt.
O algoritmo SHA256D foi usado primeiramente pela Bitcoin. O Skrypt é uma função hash baseada em senhas. Ele é apropriado para os cálculos feitos pela ASICs. Muitas criptomoedas utilizam essa tecnologia. O Myriad-Groestl é um algoritmo específico da Myriad. O Skein inclui um conjunto de algoritmos hash que foram primeiramente integrados na criptomoeda SkeinCoin.
Já o algoritmo Yescrypt utiliza um processador para a descoberta do hash. Esse é um dos métodos com base no CPU. Ao mesmo tempo, ele é resistente ao GPU, o que significa que ele consegue o seu poder computacional apenas do CPU, sem usar fontes das placas de vídeos. O Yescrypt faz parte do algoritmo PoW da Myriad desde agosto de 2016. Ele substituiu o método anterior.
Graças aos cinco algoritmos diferentes, dispositivos diferentes como CPUS, GPUs e ASICs, podem calcular blocos para a blockchain da Myriad. Para o resultado, a validação da blockchain, não importa qual algoritmo é usado. Todos os métodos levam ao mesmo resultado. Cada usuário pode decidir livremente qual desses cinco métodos de cálculo ele prefere.
Mineração de fusão otimiza a performance de hash
Outra característica especial da Myriad é a habilidade de operar a chamada mineração de função (merge mining).
Essa característica, implementada em agosto de 2015, permite que duas criptomoedas diferentes sejam mineradas ao mesmo tempo, usando o mesmo algoritmo. Assim, a criptomoeda com o poder de hash mais fraco se beneficia da performance de hash mais forte de outra moeda. Na rede da Myriad, essa possibilidade existe com os algoritmos Scrypt e SHA256D.
Desenvolvimentos futuros da comunidade da Myriad
Graças a arquitetura de código aberto de sua rede, a Myriadcoin está sendo desenvolvida por uma comunidade ativa. Serviços como GitHub, Reddit, Bitcointalk, Facebook e Twitter são usados para a troca de informações. Nessas plataformas, profissionais, incluindo programadores e desenvolvedores de softwares, interagem com qualquer pessoa interessada em desenvolver a Myriad.
A introdução de mudanças acontece através de um consenso da rede. Para o voto, os usuários utilizam os cinco mecanismos de consenso, os quais também são usados para a mineração. Como resultado, eles garantem uma ampla aceitação das mudanças.
Os projetos dessa comunidade resultadam em diversas variações. As criptomoedas Saffroncoin, Digitalcoin, DigiByte, Unitus, Verge e Auroracoin foram desmembradas. Elas também funcionam de acordo com o princípio dos algoritmos múltiplos.